quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Credere Obbedire Combattere

Hoje eu gostaria de escrever sobre uma coisa que foi muito importante para mim.
Apoio.
Quando voltei para casa dos meus pais estava totalmente desfeita, minha mãe me olhou e não me reconheceu. Em palavras dela mesma “eu não vi você quando te vi”.
Meus pais simplesmente disseram “ela está doente e ponto” eu estava livre e com a única responsabilidade de melhorar, e teria o tempo que fosse necessário desde que estivesse disposta, para tal.
A idéia deles, nem a minha, não era estar apoiada pela doença a vida toda, lembro que meu pai (quem em realidade é meu padrasto) fez para mim uma camisa onde ele escreveu CRER, OBEDECER E COMBATER.*
Não digo que em nosso ambiente familiar eram tudo as mil maravilhas, somos uma família particular, porém mantemos a paz com amor e carinho, e também, muita paciência!
Mas o fato de que alguém me compreendesse e me apoiasse, e além de tudo me estimulasse positivamente foi e é sempre um presente continuo na minha vida.
Meu pai conseguiu sustentar emocionalmente a minha mãe para que ela pudesse me apoiar mesmo que eu gritasse e esperneasse e jogasse todas as culpas do mundo nela. Eu massacrei muito a minha mãe e meus irmãos, e meu padrasto também de certa forma.
Mas sempre que eles notavam que eu não estava bem, ainda que ninguém é de ferro e eles às vezes perdessem a paciência, sempre consultaram meus psicólogo e psiquiatra, sempre levaram em consideração que não era eu, que eu precisava de tempo para que os remédios fizessem efeito e me estabilizassem.
 Eu aprontei muito, errei muito e pedi não pedi desculpa porque disse que não valia à pena, reconheci meus erros e prometi aprender com eles e não voltar a cometê-los.
Lembro-me de momentos familiares frente à televisão em que me obrigavam a sentar com a coluna ereta porque me diziam que a postura ajudava a auto-estima, e ajuda!
lembro quando quis trabalhar, e na época não dava, eles deixaram, mas me protegiam de mim mesma, só hoje me dou conta. O tempo passa e te mostra o valor das pessoas, eu gosto do tempo, aprendi a aprecia-lo.
Toda ajuda é valida, mas essa foi impagável.
O problema foi sair do casulo depois!
Agora é vida nova, para mim desde dois mil e sete os anos não passavam, apesar de eu comemorar intimamente a cada ano meus logros psicológicos.
Agora espero poder passar pela prova maior, a de voltar às raízes e ficar fora das asas de “mãe e papai”.
Por isso, mesmo que eles não leiam isso agora, mas espero que um dia leiam MUITO OBRIGADO, AMO VOCÊS!

*Usamos apenas como ditado, brincadeira, não somos fascistas, comunistas, direitistas, esquerdistas, eu realmente, cá dos meus dois lados gosto de história mas não gosto de política.