domingo, 26 de dezembro de 2010

E No Principio, Foi o Fim... Parte I

Minha vida deu realmente muitas voltas.
Para compreender meu padrão será necessário que eu conte um pouco da minha história.
Vivi em várias cidades, alguns países, nenhuma casa que realmente tivesse sido minha.
Era sempre a prima, a sobrinha, a parente que morava no quartinho e lavava os pratos e fazia média até pular para outra casa, outra parenta.
Não posso reclamar, apesar de ter tido uma infância discriminada, também fui muito capeta e vivi no mundo da fantasia e mergulhava em meus personagens e sonhos, também fui muito feliz entre os altos e baixos da minha mãe e minha avó, com quem vivíamos.
Então um dia, minha mãe casou e fomos viver todos juntos. Finalmente éramos uma familia, figura paterna, mãe-dona-de-casa, eu me dedicava apenas aos estudos, meu irmão mais novo vivia uma adolescência "pseudo rebelde". 
Até que, em palavras da minha primeira psicóloga, a qual eu mesma tomei a iniciativa de começar a ir, por suspeitar que algum dia precisaria, do que naquele momento então eu tanto lhe falava e ela me fazia separar literalmente, o joio do trigo, quem me disse que eu necessitava de "piso", confesso que demorei anos para entender, mas entendi.
Meu padrasto foi promovido e tivemos que nos mudar, tive que deixar meu pequeno paraíso e foi quando minha primeira psiquiatra me convenceu de que os remédios eram temporários e que naquele momento, fazendo uma metáfora, eu estava com um braço quebrado e precisaria engessar e por alguns meses ficaria com ele imobilizado, logo tiraríamos o gesso, no caso, os 20 mil comprimidos de ultima geração que ela me passou, e que no HGE do Brasil foram substituídos pelos basicões  do SUS, me renderam várias manchas roxas pelo corpo de tanta falta de equilíbrio e de noção de espaço, até que alguma parenta se deu conta de que eu estava drogada e não medicada.
Neste meio tempo eu já tinha me mudado três vezes. Legal né? Ainda mais quando se trabalha em Shopping Center e se tem que  parar de estudar porque ou se come ou se estuda. 



Mas vamos lembrar sempre, não se faça de vítima, não seja vítima, e nunca use como desculpa a sua doença, porque além do mais se você tem pena de si mesm@ é o pior mal que pode ocorrer.
A segunda regra fundamental para quem não está bem e precisa de ajuda é saber pedir, ou seja, verbalizar, dizer, "eu não estou bem, preciso de ajuda", colocar o ego de lado, e sim, pedir ajuda, isso colegas é fundamental.
Ou seja:
1. Não se faça de vitima pois você será a sua própria vítima;
2. Peça ajuda quando não estiver bem, as pessoas além de se sentirem úteis irão te dar um help!
3. Usar o fato de ser Bipolar, Depressivo ou afins como desculpa para qualquer coisa em sua vida invalida o nro. 2!
 No próximo post espero poder falar sobre o tema de forma mais especifica, mas tenho muita coisa para contar! 
Abraço espero que comentem, critiquem e ajudem!

Nenhum comentário:

Postar um comentário